segunda-feira, 4 de julho de 2011

O QUE BASTA


Bebo teu corpo como oferenda de comunhão, pela simples petulância que me cabe. Profanação que acolho em minha mão.
Tu, que sem pudor acumulado, navega pelos cantos de meu corpo, febre que é. Teus beijos, veneno, carregam os demônios que tu me deixa em morada.
Pobre de ti, príncipe, que caiu em minha forca que amaldiçoei para prender o desejo que não é mais teu. Ou não seria mais meu
O feitiço refletiu nos teus sorrisos espelhados e se alojou e vive atrás de minha orelha, me latindo em enxaqueca.
Basta teu sorriso perverso e te obedeço no jogo que aflige as dores no corpo que  transpira, mares de desejo por ti, e baila os cânticos das sereias só por apetecer te saciar a língua, que é minha, e basta.

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