sábado, 19 de setembro de 2009

Exaustão


Agora chega!

Vá infernizar em distante vizinhança,

Carrega contigo essa tortura

Que despeja sobre mim com extensa petulância.

Agora basta!

Leva de mim tais imagens malucas

Que me atormenta o limite de juízo,

Deixa minha mente persistir madura.

Agora vá!

Deixe-me em paz por fim

Quero descansar, eu imploro

Antes que nos apartemos de fato

Distintos como água e óleo.

Agora...fique apenas ai.

Não volte por hoje,

Permita que eu alivie a garganta

Já que gritar não adianta

Com essa desilusão que já me é tanta.

Agora, que eu já nem sei.

Vou re-olhar todos aqueles versos sentimentais

Que para ti eu tanto desenhei,

Quem sabe assim eu reencontro, ao acaso, porém

Aquele pretexto tão romântico pelo qual me apaixonei.

Talvez, as chamas das velas vermelhas

Estejam se extinguindo...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Um comprimido de Raiva


Deitei a raiva embaixo da língua

E te tolerei me beijar

Para sentir assim, apenas, o azedo da amargura do teu falso abraço.

Então me enlaço

No teu pescoço comprido

E sinto a cobiça que reprimo

Latir escondida um pouco abaixo do umbigo...

E te caço em assombro

O pensamento e o anseio

Que tua língua amarga

Me derrama deslembrado

Sou gente

Não se esqueça...

Grita a voz que repercute a surdez de meus ouvidos...

domingo, 16 de agosto de 2009

Beijos de Primavera

Pois as pétalas douradas enraizadas em seus olhos
brincam lúdicas de bem-me-quer
com meu juízo desperdiçado em loucura...
beije-me ternamente, princesa,
ao acaso encontrada
nas ruas por onde o destino se debruça.

Deite-me tépido
na cidade do sono
onde teu leito se esconde submerso,
embaraça-me seus pêlos dentre meus dedos corteses
e desmancha-me o pensamento
na imensidão insana das flores
que esplendorosas
desabrocham suadas nas esquinas de teus olhos
castanhos de amor.

Beije-me princesa...
Desperte-me...

quinta-feira, 26 de março de 2009


O fulgor das estrelas cega meus olhos na noite estrelada.
A assombraçao de meu cadaver se encharca, esquecido por mim mesmo, na chuva da noite de céu estrelado.
IMAGINO-TE
Importo mau corpo sem alma para acima dessa chuva, onde sei que encontrarei o rastro de suas asas.
PERSIGO-TE
Povoo minha esperança com tribos de sonhos, onde o futuro eh um brinquedo fragil nas maos do pequeno que brinca sozinho.
AMO-TE
Amarro meus pés aos rastros imaginados dos teus onde o caminho de pedras se torna um rio de delicias de chocolate.
DEVORO-TE
Declino meu corpo desprovido de alma e vontade propria sobre o sonho do teu, onde o toque da pele me transforma em ouro e me devora a mente e a poesia, num desejo culpado e irrivogavelmente sentenciado nessa noite da tempestade de estrelas.