Agora chega!
Vá infernizar em distante vizinhança,
Carrega contigo essa tortura
Que despeja sobre mim com extensa petulância.
Agora basta!
Leva de mim tais imagens malucas
Que me atormenta o limite de juízo,
Deixa minha mente persistir madura.
Agora vá!
Deixe-me em paz por fim
Quero descansar, eu imploro
Antes que nos apartemos de fato
Distintos como água e óleo.
Agora...fique apenas ai.
Não volte por hoje,
Permita que eu alivie a garganta
Já que gritar não adianta
Com essa desilusão que já me é tanta.
Agora, que eu já nem sei.
Vou re-olhar todos aqueles versos sentimentais
Que para ti eu tanto desenhei,
Quem sabe assim eu reencontro, ao acaso, porém
Aquele pretexto tão romântico pelo qual me apaixonei.
Talvez, as chamas das velas vermelhas
Estejam se extinguindo...