sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

COBIÇA


E lá estávamos nós, juntos com todos os outros em meio a todos os sorrisos rasgados de alegria que não se reprimia. A única coisa realmente reprimida no meu âmago era por fato o desejo de ti.

Minha mente viajava, meus olhos fixos em você, as pétalas chovendo sobre mim e tu no teto em meio a elas com a pele morena em contraste com o vermelho das pétalas que se incendiavam ao tocar esse seu corpo febril de pecado e caiam em cinzas sobre mim, morto na alucinação pelo desejo de ti.

Regressei como susto da alucinação e saqueei um lugar ao redor do seu para me entorpecer  com teu cheiro de culpa que me leva em efeito de droga ao universo da pele que toca a pele, das unhas que dilaceram as costas em amor brutal na alucinação que é só minha e minha sendo transborda pelos poros por não caber dentro de mim desejo tão candente.

Em meus braços te embalo em doce sussurro de perdição que minhas mãos tatuariam em seu corpo. Ah! Se tu caísse desse teto em minhas letras e queimasse meu corpo frio que chora a ausência do teu em feitiçaria.

Desvio o olhar para voltar mais uma vez a realidade que me pertence...apetece-me abandoná-la, pintar os cabelos e marcar a pele em tatuagem para fugir da figura que sou e dessa história minha que derramo em letras noturnas.

Transformo-me em quem você quiser, apenas pela cobiça de ferrar-te os lábios fartos e ter-te em cama de pétalas tão rubras como o sangue que em bicas correrá do encontro em fantasia de minha pele com a tua quente em pecado.

Onde encontro a resposta para ser quem tu procuras?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

MAR DE FOGO DE PAIXÃO

Eis que essa vida, em seu eterno girar no relógio do tempo que perdura em manto de magia, traz a esperança de sonhos em céu para a vida do tal solitário poeta.


O embalo das badaladas marcaram como musica em alegria e trouxeram você, um passo incerto na cegueira da vida.


Fechei os olhos para permitir o sol dos teus lábios a beijar o mar faminto dos meus, num por-do-sol em cartão postal.


E me perdi sem mistério no mistério do olho no olho a se espelhar sem pudor, no enrolar dos corpos que nús, na imensidão do universo do pequeno quarto, desistiram de tentar a se convencer de não querer. 


Bom senso abandonou as mãos e beijos que entorpecidos em desejo pelas trilhas a caminhar pelo corpo do outro em pura aventura de perdição.


Pois tu, presente de ano novo, foi a incerteza mais certa de loucura racional que veio e não deixou arrependimento. No entusiasmo do fôlego que ardia nos pulmões nos perdemos juntos em trégua, na paixão de mar em fogo onde mergulho e me afogo em pura paixão.


Foi empate.